A ORDEM ETERNA DE MELQUISEDEC


A ORDEM ETERNA DE MELQUISEDEC

A Ordem de Melquisedec é a suprema Ordem dos Avatares, sendo por isto chamada de Ordem Eterna ou Divina. É também o protótipo das Ordens espirituais existentes, assim como o seu fundamento primeiro. Constitui-se pelos sete graus divinos que coroam os seis graus "reais" das Ordens históricas (tais como se apresentam na Nova Era), estando relacionados aos Sete Sendeiros Cósmicos que tomam os Chohans em sua liberação deste Sistema Solar, os quais astrologicamente iniciam em Saturno e terminam na Ursa Maior (associada a Shambala), fonte dos Raios Cósmicos para o nosso Sistema. As outras etapas cósmicas são as Plêiades (associada à Humanidade) e Sírio (associada à Hierarquia). 
Os Avatares representam uma espécie de entidades que transcendem as formas deste Sistema Solar. Ou seja: eles as tem plenamente incorporadas e ordenadas em si. São por isto verdadeiros modelos de Microcosmos. Dito em outras palavras, assim como os homens de nossa humanidade possuem corpos físicos semelhantes, os Mestres divinos apresentam uma forma espiritual básica. Por isto o processo espiritual dos Avatares comporta um padrão uniformizado, presente no mito do deus-menino. Todos sabem pelos Evangelhos que a "idade crística" é de 33 anos. Na verdade, são 33,3 anos, onde os 30 dizem respeito ao aspecto místico, os 3 anos ao aspecto sagrado e os 3 meses ao aspecto divino. Esta fórmula temporal se completa com outra espacial 66,6, apontada no Apocalipse como o "número da besta" (666), e cujos 10 chifres podem ser associados às 10 iniciações do grau de Dhyani-Buda. 
"Aquele-que-Faz-a-Sí-Mesmo"
Inicialmente, é preciso dizer que todo o Avatar é por definição um homem de escola. Apesar de ser um renovador, o Avatar é também o restaurador por excelência, enquanto encarnação de Vishnu, o deus da preservação. E se ele prossegue aparentemente só a partir de certo momento, é apenas porque a necessidade de autodidatismo se impõe por já não haverem instrutores ou mestres para ensinar-lhe, pois, como diz o Bhagavad Gita, ele só vem ao mundo quando o dharma está completamente perdido. Em compensação, a virtude e o conhecimento sagrado jorram abundantemente através de todo aquele que ultrapassa a barreira da Cruz. 
De resto, nenhum Avatar possui pretensões a cargos formais. Muito embora seu "trabalho" fundamente Estados e Igrejas, ele mesmo posiciona-se no centro do prisma como Salvador e Instrutor do Mundo, sem quaisquer encargos históricos ou "pessoais". Apesar de restaurar as mais altas funções hierárquicas da civilização, Ele não as ocupa porque o "seu reino não é deste mundo". Deve, isto sim, preparar os Apóstolos para estas funções. Por isto disse o Tibetano acertadamente, através de Alice A. Bailey: "O pricipal objetivo do Cristo não será demonstrar o seu poder, senão fazer público o existente reino de Deus" (em A Manifestação da Hierarquia). Ele vem para ensinar e instruir, fornecendo é claro todas as bases espirituais necessárias.
A única Ordem à qual um Avatar pertence necessariamente é à Ordem de Melquisedec, a Ordem Eterna dos reis-sacerdotes "sem pai nem mãe", ou seja, sem Guia e nem Corpo formal. Ptah é o modelo egípcio do divino artífice ou demiurgo, como o deus autodidata que gera-a-sí-mesmo através de sua "masturbação". 
A Missão é revelada aos poucos a este verdadeiro operário do sagrado que nada recebe de graça e inicia absolutamente do nada. Certamente ele se oferece em serviço, mas sabendo que o ônus será sempre maior que o bônus. E quando ele se ilumina é em princípio "apenas" para sobreviver, ninguém sonha a quantas crises e conflitos, inclusive com a Loja Negra, cujo poder lhe é então revelado na totalidade, por assim dizer, para seu terror e espanto. É quase apenas para enfrentá-la e sobretudo por fazê-lo que ele ressurge das trevas. No caso atual, o impacto do "nascimento divino" sobre o carma do planeta fez com que caisse o muro de Berlim, como na mística derrubada das muralha de Jericó por Josué. Também vimos que o mundo renasceu nas suas esperanças e aspirações vitais ("eis que vos trarei um coração de carne", diz a profecia). E com o tempo o Mestre compreendeu estar cumprindo certos padrões únicos de evolução espiritual, confirmando a Missão que lhe fora dada no ápice de sua cruz e desespero, trazendo esclarecimento e confirmação, consolo e estímulo.

O Avatar e o Patriarca 

O encontro de Melquisedec com Abrahão foi um grande evento espiritual. Abrahão foi um "Avatar Menor", o Manu e grande Patriarca da sub-raça judaica que recebeu de Melquisedec as chaves daquela Nova Era que iniciava, em torno de 2.000 a.C. Pois Melquisedec foi o Avatar da Era de Áries, assim como o rei-sacerdote a cuja linhagem Abrahão e seus descendentes deveriam pagar o dízimo.
 
No Genesis, Melquisedec é chamado "Rei de Salém", e acredita-se por isto que era o soberano de Jerusalém, a futura cidade sagrada dos hebreus. Mas simbolicamente ele era o "rei da Paz". A paz é um atributo supremo ou polar, isto é, pertence às origens. Mas também representa o signo de Libra e o ideal de equilíbrio para a Era de Áries que estava entrando. Todo o Avatar possui uma característica equilibrante. Por isto Jesus nasceu da Virgem, o signo oposto a Peixes, e Maitreya nasceu sob o signo de Leão, oposto a Aquário. 
Abrahão, um rei-sacerdote áryo, acatou o sacerdócio de Melquisedec, e um dos símbolos desta Ordem é a eucaristia do pão e do vinho. Jesus revitalizou esta forma de sacramento no início da Era seguinte. E entre seus milagres com espécies, atuou com o pão, os peixes e o vinho, multiplicando-os e até transformando-os em certas ocasiões. Como veremos, tudo isto se referia às energias daquelas Eras, assim como à sua evolução futura. 

A Universalidade da Eucaristia 

O significado dos símbolos eucarísticos é ainda muito misterioso, e o tema da transubstanciação das espécies tem sido muito mistificado e visto por vezes de forma bastante ingênua e até literal.
 
O pão ázimo é posterior a Melquisedec, pois foi instituído para celebrar a saída dos hebreus do Egito. Mas foi durante a diáspora que surgiu uma manifestação superior deste pão, identificado ao misterioso manah, o "pão do céu". O manah é o mesmo que manas, "mente" em sânscrito (donde a palavra Manu e talvez E-manu-el, o "deus conosco"). Trata-se pois da mente superior. Jesus disse: "eu sou o pão da vida" (João 6, 35) e "eu sou o pão vivo que desceu do céu, e quem dele comer viverá eternamente" (João 6, 51). Apenas pela mente superior o homem pode obter a vida eterna, porque se trata de uma dimensão associada ao divino, uma vez que faz parte da Tríade espiritual Atma-Buddhi-Manas, o Triângulo de Luz que alcança a Terra. 
Jesus também afirmou que o pão representava o seu corpo. A repartição do pão não é apenas um símbolo de fraternidade; é também o sacrifício da forma, pois, tal como o corpo de Osíris foi dividido em 14 partes, Jesus atravessou as 14 estações da cruz (iniciações). Além disto, o pão é feito do trigo, associado à constelação de Virgem, cuja estrela Alfa é Spica, a espiga. Seu corpo físico pertencia à Virgem, como a espiga ao pão. 
Os peixes simbolizam os discípulos da Era de Peixes, que se identificavam entre si através deste símbolo. Por isto os cristãos comem peixe na Sexta-Feira santa. 
E se o vinho representava o seu sangue derramado, as transformações de água em vinho simbolizam que os sentimentos humanos deveriam sofrer uma transmutação para manifestar a compaixão universal.
A eucaristia do pão e do vinho representou de certo modo uma síntese do ideal áryo. Toda a Era de Áries esteve incluída no período da Raça Árya (donde o sue nome), e de certo modo Áries tem uma energia mental (de resto, a Quinta Raça foi sabidamente uma humanidade mental). A outra Era plenamente incluída nesta Raça-Raiz foi a de Peixes, com sua energia psíquica. 
Este ideal de mente compreensiva e sentimento compassivo é conhecido no budismo como bodhicita, a "mente compassiva", que representa a síntese do ideário budista de iluminação para a humanidade. 
Mas estes processos, além de construtivos, seriam também preparatórios e proféticos. Assim, o vinho diz respeito à Sexta Raça-Raiz, na qual "desagua" agora a Era de Peixes, sob uma mesma linha de energia: o Sexto Raio, de Idealismo e Devoção, cor de rubi, púrpura ou vinho. É assim que o elemento "Água", da Era de Peixes, seria transformado no vinho da compaixão nesta Sexta Raça-Raiz, oportunizando-a devidamente. Jesus veio para preparar este processo, a ser colhido por "ele mesmo" no futuro, porém sob uma expressão divina também maior, porque um Avatar de ciclo racial é sempre maior que um Avatar de Era astrológica. 
No mesmo sentido, a Raça Árya "desagua" hoje na Era de Aquário, um signo de alta intelectualidade, sendo também este o pão celeste a ser compartido na época da fraternidade universal.*

* Da obra "A Promessa do Arco-Íris", Luís A. W. Salvi

Fonte:http://ascensiologia.blogspot.com.br/2010/05/ordem-eterna-de-melquisedec.html

Leia também
A vinda do Avatar segundo a Teosofia Científica
Assista ao video

Luís A. W. Salvi é escritor holístico, autor de cerca de 150 obras sobre a transição planetária.
Editorial Agartha: www.agartha.com.br
Contatos: webersalvi@yahoo.combr, Fone (51) 9861-5178


A Ordem de Melquisedec é a suprema Ordem dos Avatares, sendo por isto chamada de Ordem Eterna ou Divina. É também o protótipo das Ordens espirituais existentes, assim como o seu fundamento primeiro. Constitui-se pelos sete graus divinos que coroam os seis graus "reais" das Ordens históricas (tais como se apresentam na Nova Era), estando relacionados aos Sete Sendeiros Cósmicos que tomam os Chohans em sua liberação deste Sistema Solar, os quais astrologicamente iniciam em Saturno e terminam na Ursa Maior (associada a Shambala), fonte dos Raios Cósmicos para o nosso Sistema. As outras etapas cósmicas são as Plêiades (associada à Humanidade) e Sírio (associada à Hierarquia). 
Os Avatares representam uma espécie de entidades que transcendem as formas deste Sistema Solar. Ou seja: eles as tem plenamente incorporadas e ordenadas em si. São por isto verdadeiros modelos de Microcosmos. Dito em outras palavras, assim como os homens de nossa humanidade possuem corpos físicos semelhantes, os Mestres divinos apresentam uma forma espiritual básica. Por isto o processo espiritual dos Avatares comporta um padrão uniformizado, presente no mito do deus-menino. Todos sabem pelos Evangelhos que a "idade crística" é de 33 anos. Na verdade, são 33,3 anos, onde os 30 dizem respeito ao aspecto místico, os 3 anos ao aspecto sagrado e os 3 meses ao aspecto divino. Esta fórmula temporal se completa com outra espacial 66,6, apontada no Apocalipse como o "número da besta" (666), e cujos 10 chifres podem ser associados às 10 iniciações do grau de Dhyani-Buda. 
"Aquele-que-Faz-a-Sí-Mesmo"
Inicialmente, é preciso dizer que todo o Avatar é por definição um homem de escola. Apesar de ser um renovador, o Avatar é também o restaurador por excelência, enquanto encarnação de Vishnu, o deus da preservação. E se ele prossegue aparentemente só a partir de certo momento, é apenas porque a necessidade de autodidatismo se impõe por já não haverem instrutores ou mestres para ensinar-lhe, pois, como diz o Bhagavad Gita, ele só vem ao mundo quando o dharma está completamente perdido. Em compensação, a virtude e o conhecimento sagrado jorram abundantemente através de todo aquele que ultrapassa a barreira da Cruz. 
De resto, nenhum Avatar possui pretensões a cargos formais. Muito embora seu "trabalho" fundamente Estados e Igrejas, ele mesmo posiciona-se no centro do prisma como Salvador e Instrutor do Mundo, sem quaisquer encargos históricos ou "pessoais". Apesar de restaurar as mais altas funções hierárquicas da civilização, Ele não as ocupa porque o "seu reino não é deste mundo". Deve, isto sim, preparar os Apóstolos para estas funções. Por isto disse o Tibetano acertadamente, através de Alice A. Bailey: "O pricipal objetivo do Cristo não será demonstrar o seu poder, senão fazer público o existente reino de Deus" (em A Manifestação da Hierarquia). Ele vem para ensinar e instruir, fornecendo é claro todas as bases espirituais necessárias.
A única Ordem à qual um Avatar pertence necessariamente é à Ordem de Melquisedec, a Ordem Eterna dos reis-sacerdotes "sem pai nem mãe", ou seja, sem Guia e nem Corpo formal. Ptah é o modelo egípcio do divino artífice ou demiurgo, como o deus autodidata que gera-a-sí-mesmo através de sua "masturbação". 
A Missão é revelada aos poucos a este verdadeiro operário do sagrado que nada recebe de graça e inicia absolutamente do nada. Certamente ele se oferece em serviço, mas sabendo que o ônus será sempre maior que o bônus. E quando ele se ilumina é em princípio "apenas" para sobreviver, ninguém sonha a quantas crises e conflitos, inclusive com a Loja Negra, cujo poder lhe é então revelado na totalidade, por assim dizer, para seu terror e espanto. É quase apenas para enfrentá-la e sobretudo por fazê-lo que ele ressurge das trevas. No caso atual, o impacto do "nascimento divino" sobre o carma do planeta fez com que caisse o muro de Berlim, como na mística derrubada das muralha de Jericó por Josué. Também vimos que o mundo renasceu nas suas esperanças e aspirações vitais ("eis que vos trarei um coração de carne", diz a profecia). E com o tempo o Mestre compreendeu estar cumprindo certos padrões únicos de evolução espiritual, confirmando a Missão que lhe fora dada no ápice de sua cruz e desespero, trazendo esclarecimento e confirmação, consolo e estímulo.

O Avatar e o Patriarca 

O encontro de Melquisedec com Abrahão foi um grande evento espiritual. Abrahão foi um "Avatar Menor", o Manu e grande Patriarca da sub-raça judaica que recebeu de Melquisedec as chaves daquela Nova Era que iniciava, em torno de 2.000 a.C. Pois Melquisedec foi o Avatar da Era de Áries, assim como o rei-sacerdote a cuja linhagem Abrahão e seus descendentes deveriam pagar o dízimo.
 
No Genesis, Melquisedec é chamado "Rei de Salém", e acredita-se por isto que era o soberano de Jerusalém, a futura cidade sagrada dos hebreus. Mas simbolicamente ele era o "rei da Paz". A paz é um atributo supremo ou polar, isto é, pertence às origens. Mas também representa o signo de Libra e o ideal de equilíbrio para a Era de Áries que estava entrando. Todo o Avatar possui uma característica equilibrante. Por isto Jesus nasceu da Virgem, o signo oposto a Peixes, e Maitreya nasceu sob o signo de Leão, oposto a Aquário. 
Abrahão, um rei-sacerdote áryo, acatou o sacerdócio de Melquisedec, e um dos símbolos desta Ordem é a eucaristia do pão e do vinho. Jesus revitalizou esta forma de sacramento no início da Era seguinte. E entre seus milagres com espécies, atuou com o pão, os peixes e o vinho, multiplicando-os e até transformando-os em certas ocasiões. Como veremos, tudo isto se referia às energias daquelas Eras, assim como à sua evolução futura. 

A Universalidade da Eucaristia 

O significado dos símbolos eucarísticos é ainda muito misterioso, e o tema da transubstanciação das espécies tem sido muito mistificado e visto por vezes de forma bastante ingênua e até literal.
 
O pão ázimo é posterior a Melquisedec, pois foi instituído para celebrar a saída dos hebreus do Egito. Mas foi durante a diáspora que surgiu uma manifestação superior deste pão, identificado ao misterioso manah, o "pão do céu". O manah é o mesmo que manas, "mente" em sânscrito (donde a palavra Manu e talvez E-manu-el, o "deus conosco"). Trata-se pois da mente superior. Jesus disse: "eu sou o pão da vida" (João 6, 35) e "eu sou o pão vivo que desceu do céu, e quem dele comer viverá eternamente" (João 6, 51). Apenas pela mente superior o homem pode obter a vida eterna, porque se trata de uma dimensão associada ao divino, uma vez que faz parte da Tríade espiritual Atma-Buddhi-Manas, o Triângulo de Luz que alcança a Terra. 
Jesus também afirmou que o pão representava o seu corpo. A repartição do pão não é apenas um símbolo de fraternidade; é também o sacrifício da forma, pois, tal como o corpo de Osíris foi dividido em 14 partes, Jesus atravessou as 14 estações da cruz (iniciações). Além disto, o pão é feito do trigo, associado à constelação de Virgem, cuja estrela Alfa é Spica, a espiga. Seu corpo físico pertencia à Virgem, como a espiga ao pão. 
Os peixes simbolizam os discípulos da Era de Peixes, que se identificavam entre si através deste símbolo. Por isto os cristãos comem peixe na Sexta-Feira santa. 
E se o vinho representava o seu sangue derramado, as transformações de água em vinho simbolizam que os sentimentos humanos deveriam sofrer uma transmutação para manifestar a compaixão universal.
A eucaristia do pão e do vinho representou de certo modo uma síntese do ideal áryo. Toda a Era de Áries esteve incluída no período da Raça Árya (donde o sue nome), e de certo modo Áries tem uma energia mental (de resto, a Quinta Raça foi sabidamente uma humanidade mental). A outra Era plenamente incluída nesta Raça-Raiz foi a de Peixes, com sua energia psíquica. 
Este ideal de mente compreensiva e sentimento compassivo é conhecido no budismo como bodhicita, a "mente compassiva", que representa a síntese do ideário budista de iluminação para a humanidade. 
Mas estes processos, além de construtivos, seriam também preparatórios e proféticos. Assim, o vinho diz respeito à Sexta Raça-Raiz, na qual "desagua" agora a Era de Peixes, sob uma mesma linha de energia: o Sexto Raio, de Idealismo e Devoção, cor de rubi, púrpura ou vinho. É assim que o elemento "Água", da Era de Peixes, seria transformado no vinho da compaixão nesta Sexta Raça-Raiz, oportunizando-a devidamente. Jesus veio para preparar este processo, a ser colhido por "ele mesmo" no futuro, porém sob uma expressão divina também maior, porque um Avatar de ciclo racial é sempre maior que um Avatar de Era astrológica. 

A ORDEM ETERNA DE MELQUISEDEC




A ORDEM ETERNA DE MELQUISEDEC

A Ordem de Melquisedec é a suprema Ordem dos Avatares, sendo por isto chamada de Ordem Eterna ou Divina. É também o protótipo das Ordens espirituais existentes, assim como o seu fundamento primeiro. Constitui-se pelos sete graus divinos que coroam os seis graus "reais" das Ordens históricas (tais como se apresentam na Nova Era), estando relacionados aos Sete Sendeiros Cósmicos que tomam os Chohans em sua liberação deste Sistema Solar, os quais astrologicamente iniciam em Saturno e terminam na Ursa Maior (associada a Shambala), fonte dos Raios Cósmicos para o nosso Sistema. As outras etapas cósmicas são as Plêiades (associada à Humanidade) e Sírio (associada à Hierarquia). 
Os Avatares representam uma espécie de entidades que transcendem as formas deste Sistema Solar. Ou seja: eles as tem plenamente incorporadas e ordenadas em si. São por isto verdadeiros modelos de Microcosmos. Dito em outras palavras, assim como os homens de nossa humanidade possuem corpos físicos semelhantes, os Mestres divinos apresentam uma forma espiritual básica. Por isto o processo espiritual dos Avatares comporta um padrão uniformizado, presente no mito do deus-menino. Todos sabem pelos Evangelhos que a "idade crística" é de 33 anos. Na verdade, são 33,3 anos, onde os 30 dizem respeito ao aspecto místico, os 3 anos ao aspecto sagrado e os 3 meses ao aspecto divino. Esta fórmula temporal se completa com outra espacial 66,6, apontada no Apocalipse como o "número da besta" (666), e cujos 10 chifres podem ser associados às 10 iniciações do grau de Dhyani-Buda. 
"Aquele-que-Faz-a-Sí-Mesmo"
Inicialmente, é preciso dizer que todo o Avatar é por definição um homem de escola. Apesar de ser um renovador, o Avatar é também o restaurador por excelência, enquanto encarnação de Vishnu, o deus da preservação. E se ele prossegue aparentemente só a partir de certo momento, é apenas porque a necessidade de autodidatismo se impõe por já não haverem instrutores ou mestres para ensinar-lhe, pois, como diz o Bhagavad Gita, ele só vem ao mundo quando o dharma está completamente perdido. Em compensação, a virtude e o conhecimento sagrado jorram abundantemente através de todo aquele que ultrapassa a barreira da Cruz. 
De resto, nenhum Avatar possui pretensões a cargos formais. Muito embora seu "trabalho" fundamente Estados e Igrejas, ele mesmo posiciona-se no centro do prisma como Salvador e Instrutor do Mundo, sem quaisquer encargos históricos ou "pessoais". Apesar de restaurar as mais altas funções hierárquicas da civilização, Ele não as ocupa porque o "seu reino não é deste mundo". Deve, isto sim, preparar os Apóstolos para estas funções. Por isto disse o Tibetano acertadamente, através de Alice A. Bailey: "O pricipal objetivo do Cristo não será demonstrar o seu poder, senão fazer público o existente reino de Deus" (em A Manifestação da Hierarquia). Ele vem para ensinar e instruir, fornecendo é claro todas as bases espirituais necessárias.
A única Ordem à qual um Avatar pertence necessariamente é à Ordem de Melquisedec, a Ordem Eterna dos reis-sacerdotes "sem pai nem mãe", ou seja, sem Guia e nem Corpo formal. Ptah é o modelo egípcio do divino artífice ou demiurgo, como o deus autodidata que gera-a-sí-mesmo através de sua "masturbação". 
A Missão é revelada aos poucos a este verdadeiro operário do sagrado que nada recebe de graça e inicia absolutamente do nada. Certamente ele se oferece em serviço, mas sabendo que o ônus será sempre maior que o bônus. E quando ele se ilumina é em princípio "apenas" para sobreviver, ninguém sonha a quantas crises e conflitos, inclusive com a Loja Negra, cujo poder lhe é então revelado na totalidade, por assim dizer, para seu terror e espanto. É quase apenas para enfrentá-la e sobretudo por fazê-lo que ele ressurge das trevas. No caso atual, o impacto do "nascimento divino" sobre o carma do planeta fez com que caisse o muro de Berlim, como na mística derrubada das muralha de Jericó por Josué. Também vimos que o mundo renasceu nas suas esperanças e aspirações vitais ("eis que vos trarei um coração de carne", diz a profecia). E com o tempo o Mestre compreendeu estar cumprindo certos padrões únicos de evolução espiritual, confirmando a Missão que lhe fora dada no ápice de sua cruz e desespero, trazendo esclarecimento e confirmação, consolo e estímulo.

O Avatar e o Patriarca 

O encontro de Melquisedec com Abrahão foi um grande evento espiritual. Abrahão foi um "Avatar Menor", o Manu e grande Patriarca da sub-raça judaica que recebeu de Melquisedec as chaves daquela Nova Era que iniciava, em torno de 2.000 a.C. Pois Melquisedec foi o Avatar da Era de Áries, assim como o rei-sacerdote a cuja linhagem Abrahão e seus descendentes deveriam pagar o dízimo.
 
No Genesis, Melquisedec é chamado "Rei de Salém", e acredita-se por isto que era o soberano de Jerusalém, a futura cidade sagrada dos hebreus. Mas simbolicamente ele era o "rei da Paz". A paz é um atributo supremo ou polar, isto é, pertence às origens. Mas também representa o signo de Libra e o ideal de equilíbrio para a Era de Áries que estava entrando. Todo o Avatar possui uma característica equilibrante. Por isto Jesus nasceu da Virgem, o signo oposto a Peixes, e Maitreya nasceu sob o signo de Leão, oposto a Aquário. 
Abrahão, um rei-sacerdote áryo, acatou o sacerdócio de Melquisedec, e um dos símbolos desta Ordem é a eucaristia do pão e do vinho. Jesus revitalizou esta forma de sacramento no início da Era seguinte. E entre seus milagres com espécies, atuou com o pão, os peixes e o vinho, multiplicando-os e até transformando-os em certas ocasiões. Como veremos, tudo isto se referia às energias daquelas Eras, assim como à sua evolução futura. 

A Universalidade da Eucaristia 

O significado dos símbolos eucarísticos é ainda muito misterioso, e o tema da transubstanciação das espécies tem sido muito mistificado e visto por vezes de forma bastante ingênua e até literal.
 
O pão ázimo é posterior a Melquisedec, pois foi instituído para celebrar a saída dos hebreus do Egito. Mas foi durante a diáspora que surgiu uma manifestação superior deste pão, identificado ao misterioso manah, o "pão do céu". O manah é o mesmo que manas, "mente" em sânscrito (donde a palavra Manu e talvez E-manu-el, o "deus conosco"). Trata-se pois da mente superior. Jesus disse: "eu sou o pão da vida" (João 6, 35) e "eu sou o pão vivo que desceu do céu, e quem dele comer viverá eternamente" (João 6, 51). Apenas pela mente superior o homem pode obter a vida eterna, porque se trata de uma dimensão associada ao divino, uma vez que faz parte da Tríade espiritual Atma-Buddhi-Manas, o Triângulo de Luz que alcança a Terra. 
Jesus também afirmou que o pão representava o seu corpo. A repartição do pão não é apenas um símbolo de fraternidade; é também o sacrifício da forma, pois, tal como o corpo de Osíris foi dividido em 14 partes, Jesus atravessou as 14 estações da cruz (iniciações). Além disto, o pão é feito do trigo, associado à constelação de Virgem, cuja estrela Alfa é Spica, a espiga. Seu corpo físico pertencia à Virgem, como a espiga ao pão. 
Os peixes simbolizam os discípulos da Era de Peixes, que se identificavam entre si através deste símbolo. Por isto os cristãos comem peixe na Sexta-Feira santa. 
E se o vinho representava o seu sangue derramado, as transformações de água em vinho simbolizam que os sentimentos humanos deveriam sofrer uma transmutação para manifestar a compaixão universal.
A eucaristia do pão e do vinho representou de certo modo uma síntese do ideal áryo. Toda a Era de Áries esteve incluída no período da Raça Árya (donde o sue nome), e de certo modo Áries tem uma energia mental (de resto, a Quinta Raça foi sabidamente uma humanidade mental). A outra Era plenamente incluída nesta Raça-Raiz foi a de Peixes, com sua energia psíquica. 
Este ideal de mente compreensiva e sentimento compassivo é conhecido no budismo como bodhicita, a "mente compassiva", que representa a síntese do ideário budista de iluminação para a humanidade. 
Mas estes processos, além de construtivos, seriam também preparatórios e proféticos. Assim, o vinho diz respeito à Sexta Raça-Raiz, na qual "desagua" agora a Era de Peixes, sob uma mesma linha de energia: o Sexto Raio, de Idealismo e Devoção, cor de rubi, púrpura ou vinho. É assim que o elemento "Água", da Era de Peixes, seria transformado no vinho da compaixão nesta Sexta Raça-Raiz, oportunizando-a devidamente. Jesus veio para preparar este processo, a ser colhido por "ele mesmo" no futuro, porém sob uma expressão divina também maior, porque um Avatar de ciclo racial é sempre maior que um Avatar de Era astrológica. 
No mesmo sentido, a Raça Árya "desagua" hoje na Era de Aquário, um signo de alta intelectualidade, sendo também este o pão celeste a ser compartido na época da fraternidade universal.*

* Da obra "A Promessa do Arco-Íris", Luís A. W. Salvi

Fonte:http://ascensiologia.blogspot.com.br/2010/05/ordem-eterna-de-melquisedec.html

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A vinda do Avatar segundo a Teosofia Científica
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Luís A. W. Salvi é escritor holístico, autor de cerca de 150 obras sobre a transição planetária.
Editorial Agartha: www.agartha.com.br
Contatos: webersalvi@yahoo.combr, Fone (51) 9861-5178

No mesmo sentido, a Raça Árya "desagua" hoje na Era de Aquário, um signo de alta intelectualidade, sendo também este o pão celeste a ser compartido na época da fraternidade universal.*

* Da obra "A Promessa do Arco-Íris", Luís A. W. Salvi

Fonte:http://ascensiologia.blogspot.com.br/2010/05/ordem-eterna-de-melquisedec.html

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